domingo, 13 de janeiro de 2008

"o Presidente Hugo Chávez, de 53 anos, namora há dois meses com a modelo britânica Naomi Campbell, 15 anos mais nova."

in DN

wtf????

domingo, 6 de janeiro de 2008

Dois GNR na berma da estrada vêem passar um tipo a mais de 120.
Diz um para o outro.
"Aquele não é o gajo a quem apreendemos a carta a semana passada por excesso de velocidade?"
"Era pois,"
Respondeu o segundo.
"Vamos caçá-lo!"
Uns Kms mais adiante já com o tipo parado, um dos GNR, chega-se ao pé dele e pergunta-lhe:
"A sua Carta de Condução?...."
"Mau! "
Responde o mânfio.
"Querem ver que agora perderam-na!"

Eu comecei a fumar há largos anos. Andava no 5º ano do ensino preparatório e era uma criança ainda. Não existiam avisos nos maços de cigarros, ouvia dizer que aquilo fazia mal, tal como ouvia dizer que beber café fazia mal e comer doces, a coca cola etc. Não existiam grandes restrições à aquisição de produtos de tabaco, sendo que em qualquer café de rua se podia comprar tabaco, independentemente da idade do cliente.
Quando algum proprietário mais zeloso colocava a questão de o tabaco ser para mim ou não eu limitava-me a dizer que aquilo era para o meu pai.

Naqueles tempos havia muito a necessidade de mostrar na escola que se era mais adulto do que se aparentava ser, então havia sempre o grupinho dos mauzões que fumavam todos (eu incluído).

Pegava no dinheiro que o meu pai me dava para lanchar na escola e comprava tabaco (que por sinal era bem barato na altura). A título de exemplo um SG Ventil custava 150 escudos (o,75€).

Não demorou muito tempo até que estivesse completamente viciado no tabaco.
Entrado na adolescência e na escola secundária viriam os tempos da música pesada e do grunge que marcaram a minha geração. Muito alcool, haxixe e outras drogas, tabaco a rodos. O vício fortalecia-se cada vez mais de dia para dia, lembro-me bem quando alguém dizia que ía deixar de fumar ouvia logo algo como «fdx, tás-te a passar? Vais deixar de fumar pq?». Era mesmo assim.

Embora relembre com algum saudosismo tudo isto, preferia que as coisas não tivessem sido desta forma para que não tivesse que lidar com um vício péssimo para a saúde e tão constrangedor.

Naqueles tempos não existia um terço da informação que hoje existe. Foi aos 10 anos que tomei a decisão insensata de ser fumador pois, para mim, fumar era como beber coca cola. Caí no tabaco muito cedo, com aquela idade ainda não era suposto ter que tomar grandes decisões sobre o decurso da minha vida. Daí a tamanha insensatez de começar a fumar.

Agora... começar a fumar hoje, com tantas razões para não o fazer é de uma mediocridade bizarra.

Quem não fuma, mantenha-se assim. Quem fuma, olhe... vá-se desenrascando como puder e se possível deixe o cigarro.

Um vício é algo de extremamente difícil de largar. O não fumador não percebe porque há-de alguém fumar se aquilo faz mal. Parece uma mera parvoíce alguém fumar, mas não é tão simples assim. O fumador preferia não o ser.

Tudo parece simples para quem não está nas situações.

"Rui Sá Gomes, director dos serviços prisionais, explicou ontem aos jornalistas que foi feito um levantamento sobre quem fuma e quem não fuma no Estabelecimento Prisional do Linhó e optou-se por fazer “reajustamentos” e separar presos fumadores de não fumadores."

in Correio da Manhã

Ok, acho que é do senso comum que os não fumadores não têm que levar com o fumo de ninguém. É indiscutível. O meu vício é algo de insignificante quando comparado com questões de saúde pública.

Quem acha que deve poder poluir o ar que os outros respiram, acha mal. Acha muito mal, por razões muito óbvias às quais me excuso.

No que diz respeito à separação dos presos que fumam dos presos que não fumam acho um absurdo. Não a mera separação, mas a prioridade que se dá em proteger presos que não fumam de presos que fumam. Quando não se protegem presos que estupram de presos que são estuprados, presos que espancam de presos que são espancados, presos que roubam de presos que são roubados.

Aqui sim existe segregação dos fumadores. Tidos como monstros ou como os leprosos de há séculos atrás que eram colocados de parte com um chocalho, enfermos e infectos.
Qual a razão de ser deste acto isolado e desta súbita preocupação com o pulmão do preso quando todos sabemos que este vê toda a sua dignidade ser deitada por terra no momento em que é encarcerado?

Quem não fuma e felizmente não está preso, não é separado das pessoas que fumam. Os fumadores não são impedidos de conviver com não fumadores. Apenas podem ser impedidos, pela força da lei, de fumar em dadas circunstâncias.
Separar os presos fumadores dos presos não fumadores é olhá-los como seres irracionais, como gado. «a gente mete umas tábuas ali a bloquear as margens e eles seguem pelo caminho que queremos».
Não... os presos falam e pensam como toda a gente.


Faria todo o sentido se esta medida surgisse no seguimento de reais políticas sociais que protegessem a dignidade do preso como ser humano válido que é.
Todos sabemos o que acontece nas prisões, e a única salvaguarda na saúde de um preso é o seu pulmão.

Pura hipocrisia que serve apenas para vender jornais.